ENTENDA A IMPORTÂNCIA DA MÁGICA DOS JUROS COMPOSTOS

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Segundo Albert Einstein o maior cientista de todos os tempos “os juros compostos são a maior invenção da humanidade e a maior força do universo porque permite uma confiável e sistemática acumulação de riqueza”. Tudo isso desde que os juros compostos trabalhem a seu favor e não contra você, pois, num país como o Brasil com altíssimas taxas de juros, ao invés de acumular riqueza, podemos acumular pobreza por toda uma vida ou até mesmo por gerações. Somado a isso, ainda se tem um profundo desconhecimento financeiro de grande parte da população brasileira que necessita de Analistas Independentes de Necessidades Financeiras para lhes mostrar a importância da Educação Financeira e do Planejamento Financeiro em suas vidas e de suas famílias. Isso porque como nunca tivemos esse conteúdo ao longo de nossa formação acadêmica, precisamos ser instruídos quando adultos, e ainda em tempo, para que possamos utilizar os juros compostos ao nosso favor.

Primeiramente o que são JUROS para você? 

Uma palavrinha que tantos ouvem e veem nos panfletos, nos boletos bancários, nos empréstimos, mas poucos realmente compreendem seu avassalador poder.

Os juros nada mais são que o aluguel do dinheiro ao longo do tempo. É o dinheiro que “emprestamos”, por exemplo, quando fazemos uma aplicação financeira junto ao banco quando compramos um CDB (Certificado de Depósito Bancário) e que cuja remuneração líquida não passa de 1% ao mês. No entanto, quando uma pessoa entra no cheque especial e o banco lhe empresta dinheiro, os juros compostos passam a trabalhar contra ela ao pagar para a instituição financeira 15% para uso do dinheiro no mesmo período.

Podemos entender como os juros funcionam comparando com a locação de um imóvel onde o bem não é seu, mas você paga para usufruí-lo enquanto locatário. O mesmo funciona com o dinheiro que empresta ou que toma emprestado de um banco. Muitos não percebem, mas o dinheiro que se toma emprestado de um banco é sempre mais caro do que aquele que emprestamos para ele conforme descrevemos acima. Essa diferença entre o dinheiro captado pelo banco e o dinheiro tomado é o que o mercado financeiro denomina de spread bancário.

Veja a tabela abaixo e entenda a diferença entre uma dívida (juros contra você) com um valor inicial de R$1.000 e um investimento (juros a seu favor) investindo R$1.000 ao mês:

 

 

Tempo (em meses)

 

Endividamento a 15% ao mês Investimento a 12% ao ano
 

6

 

 

R$ 2.313,06

 

 

R$ 6.152,02

 

 

12

 

 

R$ 5.350,25

 

 

R$ 12.682,50

 

 

18

 

 

R$ 12.375,45

 

 

R$ 19.614,75

 

 

24

 

 

R$ 28.625,18

 

 

R$ 26.973,46

 

 

30

 

 

R$ 66.211,77

 

 

R$ 34.784,89

 

 

36

 

 

R$ 153.151,85

 

 

R$ 43.076,88

 

 

42

 

 

R$ 354.249,54

 

 

R$ 51.878,99

 

 

48

 

 

R$ 819.400,71

 

 

R$ 61.222,61

 

 

54

 

 

R$ 1.895.323,64

 

 

R$ 71.141,05

 

 

60

 

 

R$ 4.383.998,75

 

 

R$ 81.669,67

 

Perceba que os juros compostos podem ser contra você quando se paga dívidas com juros elevados, tornando-se além de impagáveis com o passar do tempo, representam recursos e suor jogados na lata do lixo! Isso mesmo que você está lendo… É DINHEIRO JOGADO FORA, pois, este dinheiro dispendido não será utilizado para jantar com seu cônjuge, para curtir um fim de semana na praia, para se hospedar em um hotel 5 estrelas, fazer um cruzeiro, para comprar presentes para você ou para a família, trocar de carro, ou seja, é simplesmente dinheiro destinado para instituições financeiras que independente de ciclos econômicos positivos ou negativos, são sempre menos afetados do que os demais setores da economia. Por essa razão, sempre orientamos àqueles que têm dívidas, que o melhor investimento é pagá-las, principalmente se essas representam mais de 03 dígitos ao ano (447,44% – juros do rotativo do cartão de crédito – dados Anefac – Julho/16). No entanto, em nenhum país do mundo se consegue ganhar com aplicações financeiras sem risco mais de 14% ao ano, pois, em países desenvolvidos, aplicações em Renda Fixa chegam a apresentar rentabilidade real negativa (taxa nominal menos a inflação). Não é à toa que a maioria dos investidores são estrangeiros, pois eles, mais educados financeiramente, aproveitam as altas taxas aqui oferecidas e utilizam ao pé da letra os ensinamentos que Einstein nos deixou no século passado, mas que poucos de nós faz uso desta força tão relevante quanto a teoria da relatividade, que é a mágica dos juros sobre juros ou dos juros compostos.

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